Quando a gente trabalha com muitos serviços ao mesmo tempo, podemos, mais cedo ou mais tarde, cometer alguns erros que, normalmente, não passariam batido. Isso acontece com todo mundo. Mas, se você pudesse evitar alguns deles, seria uma mão na roda, concorda?
Por isso e para te ajudar no processo de produção gráfica, selecionamos 8 erros que são inadmissíveis na área para você tomar cuidado e deixar seus trabalhos com toda a qualidade que eles merecem.
Vamos lá?
1. Fechar o arquivo em RGB
Essa dica é valiosa para quem costuma criar diretamente em RGB. Quando for exportar um arquivo, você deve ter em mente como ele ficará na hora da impressão, e isso inclui desenvolver o arquivo no sistema correto. Se você fizer tudo em RGB, deverá, em algum momento, corrigir as cores do arquivo para que ele fique da maneira que você imaginou durante a criação.
Para eliminar as chances de erro, crie seu projeto diretamente no formato CMYK. Esse sistema vai te ajudar a ter uma ideia melhor de como o trabalho ficará depois de impresso.
2. Exagerar na intensidade das cores
Se você não for familiarizado com o CMYK, perceberá que o preto dele é bem mais fraco do que o do RGB. O que você faz quando percebe que o preto é a única cor com intensidade 100%? Deixa todas as cores com a mesma intensidade? Para o bem do seu projeto, nunca faça isso. O excesso de cor pode se transformar em bolhas na impressão, acabando com a beleza do seu trabalho.
O segredo é equilibrar todas as cores. Mas como? Você tem duas maneiras: a primeira é deixar 30% no Ciano e 100% no Preto, criando o famoso Preto Calçado — ou Preto Chapado, no linguajar gráfico. Não vai ficar lá um RGB, mas vai dar para o gasto.
Já a segunda alternativa é balancear todas as cores dentro do máximo aceitável, que é de 320% na soma de todas as intensidades. Quando fizer essa divisão, procure deixar o Preto com a maior porcentagem, seguido pelo Ciano, pelo Magenta e pelo Amarelo respectivamente.
3. Ignorar o perfil de cores
Essa é uma etapa tão comum na produção gráfica que muitos passam por ela sem prestar a devida atenção, e são nesses momentos que os problemas acontecem. Não dê espaço para o azar!
Quando for exportar o arquivo, mantenha a opção de incorporar o perfil de cores ativada. Dessa maneira, evitará que o perfil usado por você esbarre no que a gráfica utiliza e resulte em uma impressão que não faz lá muito jus ao que foi definido.
4. Não utilizar a resolução perfeita
Na produção gráfica, a qualidade da impressão vale tanto quanto o design. É por isso que, se você utilizar uma resolução baixa, mesmo que na tela do computador esteja tudo lindo, quando o trabalho sair na impressora, estará cheio de borrões.
Antes de mais nada, crie seu produto em resolução DPI — a ideal para cartões, embalagens e demais trabalhos em papel. Para garantir que seu produto fique com uma imagem de alta qualidade, defina a resolução em 300 DPI.
5. Não tomar cuidado com as sombras e com as transparências
Nem todos os detalhes que você aplicou no Illustrator estarão presentes no arquivo depois de exportados para PDF. Se você não se preocupar com eles quando fechar o arquivo, poderá se deparar com diversos erros no lugar das transparências, texturas, sombras e demais efeitos especiais que você tenha utilizado.
Em vez de chorar a perda do seu trabalho, transforme todos esses efeitos em imagens bitmap e, depois, faça a exportação para PDF sem medo de ser feliz. Como seu arquivo não estará mais disponível para edição depois desse processo, salve a versão original para ter onde corrigir possíveis erros de digitação.
6. Enviar textos sem conversão
As gráficas estão prontas para imprimir e, dificilmente, vão se preocupar em baixar o estilo de fonte de cada cliente. Para facilitar a vida de todo mundo, você pode converter os textos em curvas, no CorelDRAW, ou em contornos se estiver usando o Illustrator. Assim, o que antes era texto se transforma em ilustração vetorial, permitindo que vocês mexam o quanto quiserem na cor sem interferir no conteúdo.
Por via das dúvidas, faça um backup do texto original. É como diz aquele velho ditado: vai que, né?
7. Deixar a sangria de lado
A sangria é uma margem de segurança que possibilita um controle maior na hora de cortar as laterais para retirar possíveis rebarbas. Se por algum motivo, você não aplicar essa margem, o desnível poderá deixar o trabalho com uma borda branca que você nunca quis que aparecesse.
Dê espaço para os cortes acrescentando entre 2 e 5 milímetros em cada lado. Independentemente da gráfica com a qual estiver trabalhando, essa margem te deixará mais tranquilo com o resultado pós-impressão.
8. Promover uma queda de braço com o cliente
Esse é um erro imperdoável na produção gráfica e em qualquer outra área. As falhas podem acontecer de ambos os lados, mas para você — que é o fornecedor — cairá o peso de encontrar a solução mais rápida e eficaz.
Inicie o processo com transparência e peça todas as informações necessárias para a produção do material. No caso de um cartão de visitas, por exemplo, você vai precisar do endereço e do número de telefone atualizados. Quando fizer a primeira versão, peça que o cliente aprove e mantenha esse envolvimento até a etapa final.
Se, mesmo assim, o cliente não gostar do resultado ou identificar algum problema — muitas vezes cometido por ele —, não fique tentando provar de quem é a culpa. Seja o provedor de soluções e trabalhe em parceria com o cliente.
A produção gráfica tem suas particularidades, mas muitos dos erros cometidos na área podem ser evitados com uma fórmula simples: informação e atenção. Agora que você já tem os dois, ficará mais fácil garantir um trabalho perfeito da criação à impressão.
Você já passou por algum perrengue por cometer um desses erros? Compartilhe sua experiência nos comentários!