Você já ouviu falar sobre o fim dos Cookies de terceiros e modelo dados first-party?
Esse é um assunto bastante debatido atualmente, relacionado ao à privacidade dos dados. Com isso, estão sendo criadas leis para proteção desses dados, como LGPD ou GDPR.
Uma das formas utilizadas para mensurar escolhas, públicos, tendências de um indivíduo é utilizando os Cookies. Mas na maioria das vezes, esse processo é feito sem o consentimento do usuário.
Para que você entenda do que se trata, Cookies são arquivos de textos criado no navegador quando o usuário acessa algum site. Com isso, é possível identificar algumas informações, passos, ações, tendências e até mesmo evitar repetições de ações.
A questão é que esse procedimento pode se tornar invasivo, à medida em que o usuário não der o consentimento para esse rastreio, implicando diretamente na sua privacidade.
Um exemplo prático é quando se faz a pesquisa de um produto e logo depois, no gerenciador de e-mails ou em outros sites, começam a aparecer anúncios ou publicações relacionadas àquele produto que foi pesquisado. Esse tipo de publicidade sempre foi utilizado pela indústria.
Mas afinal, com o fim desses cookies de terceiros, como conseguir informações do usuário?
O Google Chrome tem a proposta do FLoC (Federated Learning of Cohorts), em que a ideia seria reunir comportamentos semelhantes de vários usuários, ao invés de um indivíduo apenas. Isso gerou algumas controvérsias da forma que está sendo testado e o método foi contestado por empresas como Microsoft, Mozilla, Opera, Vivaldi, Brave.
Os cookies são uma tecnologia com mais de 25 anos e essa nova proposta está sendo aprimorada e testada a fim de encontrar alternativas para utilização dos dados com mais privacidade, que é o ponto principal dessa discussão.
Com esse fim, o que os profissionais e empresas podem adotar para conseguir informações necessárias para suas publicidades e campanhas? Falo mais sobre isso abaixo:
First-party e Valor de Troca
Uma estratégia crucial seria a adoção de first-party, onde o usuário daria essas informações, como por exemplo, criando uma conta , cadastrando em uma newsletter, cupons, programas de fidelidade ou em troca de algum serviço, como e-book e com isso, dar seu consentimento para uso de dados, tendo uma relação direta com o negócio ou marca.
Esse processo de troca tem o nome de “valor de troca”. A empresa oferece algo em troca das informações e a partir dali, pode fazer uma coleta de informações conscientes, fazendo um relacionamento mais estreito com o usuário.
Esse modelo de first-party possui o fator confiança, que é muito importante ter relacionado aos seus clientes. A empresa tem a informação, porque ela foi cedida pelo cliente e não porque foi comprada ou utilizada sem o consentimento dele.
Construir relações diretas, manter dados limpos e ter uma relação a longo prazo, são desafios diários que as empresas e profissionais precisam ter em mente para não perder o vínculo com seu cliente.
Esse é um esforço contínuo para ter sempre essa relação cada vez mais estreita, aberta e direta com seu cliente, e é o desafio com essas mudanças.
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